sábado, 25 de março de 2017

WYNONNA EARP - e finalmente um acerto do Syfy (depois de algumas tentativas)

O canal Syfy tentou acertar no formato de séries originais e após algumas tentativas frustradas... conseguiu. Acertou não só na escolha do elenco - com rostos ainda nem tão explorados (pelo menos, não que você ou eu tenhamos visto em algum outro lugar) -, mas também na trilha sonora e produção.
Essa leva de rock e country que aquecem o sangue e liberam adrenalina à todo vapor, apimentou as cenas pra lá de divertidas, cheias de ação e emoção de "Wynonna Earp".
A série original do Syfy, disponível na Netflix, conta a história da herdeira de uma maldição um tanto inusitada e que te faria ter vontade de ir ao Além só para dar umas porradas num de seus ancestrais... que volta à sua cidade natal para cuidar da pouca família que lhe restou, incluindo sua irmã caçula - a divertidíssima Waverly. Por lá, aparecem demônios que só podem fazer o caminho de volta com uma arma especial cujo manuseio está designado a uma pessoa em especial - a herdeira.
A série também conta com uma divisão especial de agentes que cuidam de casos sobrenaturais e mandam um dos seus para cuidar dos assunto daquela pequena cidade, que de pacata... não tem absolutamente nada.
Conseguiram me fisgar. Até então "Sobrenatural", da Warner, era a única série de anjos, demônios e afins... que, mesmo que tenha perdido a mão em alguns momentos, tinha conseguido acertar o passo de histórias do gênero. E eu já estou ansiosa pela segunda temporada. O que me deixa incomodada é que séries assim costumam durar pouco. Talvez por pouca publicidade e pela diferença no formato. Porém é um enredo e um modo de fazer que me agradam. Espero que não cancelem e não deixem pra lá como fazem com muito material bom.

Assistam. Super recomendo!

Até a próxima.

A BELA E A FERA - e a volta à infância com direito a lagrimas, sonhos e sentimentos que são fáceis de mudar

Que bom que eu vivi até aqui para ir ao cinema e poder assistir a este filme... Viver todas as emoções que vivi quando era criança, quando vi a rosa, quando ouvi aquela canção... Quando eu vi uma personagem que, como eu, era apaixonada por livros e todo mundo achava estranha.
E que bom que eu vivi até aqui para mudar de ideia e comprar o ingresso porque eu não ia ver o filme no cinema, mas tinha alguém aqui em casa que estava louca para ir e toda vez que via a chamada na TV... apontava e ficava com os olhinhos brilhando.
E quem acabou ficando com os olhos brilhando fui eu, quem chorou fui eu. É um filme para se transportar a uma época em que magia e mundo real coincidiam e você não pensava em nada mais se não simplesmente se deixar levar por cada personagem e música.
O filme é cheio de prós. A começar pela iniciativa de dar a oportunidade de uma nova visão do clássico desenho que marcou a infância de inúmeras pessoas. Depois, pelo esforço em se manter fiel à animação com a narração, as falas dos personagens, as letras das canções, as cores, os figurinos... Obviamente, foram notáveis algumas diferenças - até mesmo pela tecnologia -, como o ar sombrio do castelo e os demais efeitos especiais. Mas canções muito bem interpretadas, principalmente a do Gaston, marcaram, sem dúvida alguma, o filme. Porque os computadores são programados para seguir cada comando perfeitamente nas animações... mas pessoas vencem desafio a desafio para fazerem cada cena e coreografia.
Um dos pontos altos do filme foi ver que atores negros foram bastante cotados para o elenco e para papéis em que apareciam bem. Um contra foi ouvir a dublagem horrível, que, inclusive, não combinou em nada com alguns dos atores.
A produção não economizou na dramatização, mesmo que houvesse personagens computadorizados... o elenco se esforçou ao máximo para se entrosar e deixar no expectador a impressão de que tudo aquilo era bem real. Roteiro bem definido e dirigido. O conjunto da obra não deixou a desejar...
... Porém, ainda que os atores tenham se esforçado bastante nem todos convenceram em seus personagens. Dan Stevens, a fera, está de parabéns pela atuação. Ainda que a gente só tenha visto seu rosto real por um breve momento. Luke Evans provou que Drácula também pode ser um caçador egocêntrico que sofre de um narcisismo muito sério. Alguns atores, só descobrimos basicamente no final, mas quero deixar aqui o meu recado sobre a queridinha Emma Watson.
O esforço da atriz para passar a sensibilidade da Bela foi notável e tocante em alguns momentos. Até que me surpreendi por ter gostado da atuação dela em algumas situações, pois fiquei com os dois pés atrás quando anunciaram que ela seria a Bela. Mas não convenceu num todo. Não acho que o personagem combinou e não acho que ela consiga passar ainda toda essa sensibilidade necessária para um papel do tipo. Em alguns momentos, ficou bastante claro os motivos pelos quais ela foi escolhida para o papel: estão aproveitando bastante atores que passaram muito tempo fazendo uma mesma franquia para outros papéis, para mostrar ao público que eles também podem fazer outra coisa e estão aproveitando muitos atores jovens.
Mas fica aqui o meu apelo, que tenho feito em muitos filmes, a Hollywood: precisamos de rostos novos. Não de atores mais novos, jovens. Precisamos explorar atores que não sejam ingleses, americanos ou que tenham sido britanizados ou americanizados. Precisamos explorar a diversidade, investir em atores que até agora só ficaram no coadjuvante ou na figuração. Hollywood precisa voltar a ousar.
Sim, eu gostei do filme. Não só gostei... como acho que é o filme do ano até agora. Mas não quer dizer que eu preciso achar que tudo foi absolutamente perfeito. Emma Watson tem tudo para crescer como atriz, se ela quiser. Assim como também acredito que um elenco totalmente novo poderia ter feito um grande filme, tão maravilhoso quanto.
Mas fica aqui minha recomendação.
Vejam. Chorem. Revivam a infância.
É emocionante. É lindo.
Vale a pena.

Até a próxima.

sábado, 4 de março de 2017

LUCIFER: nem tudo é culpa do Diabo, mas se for... Com essa série, você está perdoado

O diabo resolveu tirar umas férias e coincidentemente escolheu a Cidade dos Anjos para o seu feriado mais prolongado. E já chegou fazendo amizade na badalada Los Angeles com uma casa noturna, onde também fica sua residência, além de fazer apresentações de tirar o fôlego.
Mas a melhor parte disso tudo é descobrir que não apenas irresistível, a série, de maneira cômica e com aquele toque de sarcasmo - também drama e investigação policial - faz você repensar seus conceitos sobre céu, inferno, pecado e a influência do Diabo. Será mesmo que a culpa é dele? Lembrando sempre que você tem escolha. As sugestões pairam por aí, mas o livre arbítrio continua lhe sendo uma dádiva.
Os personagens secundários vão te conquistar tanto quanto o nosso queridinho principal, o que torna a série completa. A admissão do lado cafajeste de Lúcifer, suas ironias e a sinceridade... o fazem cruzar o caminho da policial Chloe - o que desperta o lado ciumento da demônio Maze, fiel escudeira de Lúcifer. O anjo Amenadiel vive tentando convencer o Príncipe das Trevas a voltar ao local onde pertence e reestabelecer a ordem natural, mas os dois vivem se estranhando enquanto Lúcifer se recusa.
A trama é para se apaixonar por cada detalhe da produção, que mistura o velho universo CSI das investigações e coloca o velho e bom Richard Castle como o Príncipe do Inferno. Uma versão melhorada, britânica e muito quente do escritor que conquistou também nossos corações na série "Castle".
Os produtores capricharam na trilha sonora com muita Black Music desde de suas origens, as músicas de berço: soul, jazz, blues... até as mais contemporâneas Hip Hop, Rap. Os cenários da apaixonante LA e os figurinos luxuosos  de ternos, além de muitas cenas desconsertantes dos 7 pecados capitais que só a Cidade dos Anjos como casa de veraneio de um velho conhecido da humanidade poderia ter.
É para pecar e não se arrepender.

Até a próxima.