segunda-feira, 3 de abril de 2017

OS 13 PORQUÊS - que você (acredite em mim) não quer ser

Os 13 porquês você deve assistir a esta série:

#1. Não apenas a produção foi bastante fiel ao livro (obviamente cortaram algumas coisas) como o elenco fez questão de mostrar que estava bem preparado e entrosado para tal tarefa.

#2 Mencionado anteriormente, a escolha do elenco foi bastante feliz. Desde a atriz para interpretar o papel perturbador da protagonista Hannah, passando pelos conturbados pensamentos de Clay a respeito de cada um dos porquês mencionados por Hannah até os pais da garota cujas escolhas foram fatais não apenas para ela, mas para os que a cercavam e nutriam sentimentos por ela. Bons e ruins.

#3. A trilha sonora de cada episódio mexe com seu coração e seu psicológico. Poder voltar àquela época em que se ouviam fitas cassetes no rádio te traz um sentimento um tanto nostálgico como combina com o formato escolhido para a série e com os personagens que se cruzam no desenrolar da história.

#4. A série, bem como o livro, faz ótimas referências na hora da narrativa e correlaciona os fatos com maestria de escrita e interpretação por parte dos atores.

#5. A escolha dos atores e a temática do livro foram uma ótima porta de entrada para a retomada do debate sobre o bullying e suas consequências.

#6. Não apenas a questão do bullying é muito bem abordada, mas a relação entre pais e filhos. Aluno e escola. Até que ponto vai o papel da escola na vida do indivíduo e o quanto o relacionamento entre pais e filhos é importante, principalmente numa fase de transição em que a selva de competições, em destaque a de egos, é brutal.

#7. A leitura do livro vai fazer você repensar o seu ponto de vista sobre o bullying. Tanto de quem sofre quanto de quem está ao redor.

#8. Assistir a série e cada interpretação vai te dar a oportunidade de rever e repensar tudo o que o livro já te trouxe.

#9. Bullying não é apenas brincadeira. Certamente, houve uma época em que as pessoas sabiam brincar e sabiam resolver a brincadeira. Mas até que ponto é brincadeira? As pessoas antigamente tinham facilidade para resolver os problemas, que chamavam de chacota, porque interpretavam como uma coisa bobinha até mesmo porque, se parássemos para analisar a situação, víamos o quão boba ela realmente era. Mas os tempos mudaram e as pessoas também. Não é simplesmente uma brincadeira. As humilhações e vontade de ver o outro se sentir um perdedor, um derrotado são reais e um tanto sérias, graves. Acabou a temporada de brincadeirinha de criança.

#10. Bullying também passa pela mão dos pais. A negligência de um filho traz consequências graves ao relacionamento dele com os demais. Por mais que não se deva optar pelo caminho mais fácil, o caminho da maldade... Por mais que algumas pessoas tenham facilidade em ignorar, não somos iguais.

#11. Procurar ter empatia pelo outro e respeito aos limites das pessoas também é um assunto em pauta.

#12. A série vai te fazer ver o ponto de vista do adolescente e a enxergar a verdade do outro não como verdade universal, mas verdade também. Porque a verdade é subjetiva.

#13 Você não quer ser um dos 13 porquês. Você não quer carregar consigo a responsabilidade pelo fardo do outro. Por mais idiota que te possa parecer, o peso disso acaba caindo sobre você uma hora ou outra. Todos somos cobrados por nossos atos de um jeito ou de outro.

Até a próxima.

sábado, 25 de março de 2017

WYNONNA EARP - e finalmente um acerto do Syfy (depois de algumas tentativas)

O canal Syfy tentou acertar no formato de séries originais e após algumas tentativas frustradas... conseguiu. Acertou não só na escolha do elenco - com rostos ainda nem tão explorados (pelo menos, não que você ou eu tenhamos visto em algum outro lugar) -, mas também na trilha sonora e produção.
Essa leva de rock e country que aquecem o sangue e liberam adrenalina à todo vapor, apimentou as cenas pra lá de divertidas, cheias de ação e emoção de "Wynonna Earp".
A série original do Syfy, disponível na Netflix, conta a história da herdeira de uma maldição um tanto inusitada e que te faria ter vontade de ir ao Além só para dar umas porradas num de seus ancestrais... que volta à sua cidade natal para cuidar da pouca família que lhe restou, incluindo sua irmã caçula - a divertidíssima Waverly. Por lá, aparecem demônios que só podem fazer o caminho de volta com uma arma especial cujo manuseio está designado a uma pessoa em especial - a herdeira.
A série também conta com uma divisão especial de agentes que cuidam de casos sobrenaturais e mandam um dos seus para cuidar dos assunto daquela pequena cidade, que de pacata... não tem absolutamente nada.
Conseguiram me fisgar. Até então "Sobrenatural", da Warner, era a única série de anjos, demônios e afins... que, mesmo que tenha perdido a mão em alguns momentos, tinha conseguido acertar o passo de histórias do gênero. E eu já estou ansiosa pela segunda temporada. O que me deixa incomodada é que séries assim costumam durar pouco. Talvez por pouca publicidade e pela diferença no formato. Porém é um enredo e um modo de fazer que me agradam. Espero que não cancelem e não deixem pra lá como fazem com muito material bom.

Assistam. Super recomendo!

Até a próxima.

A BELA E A FERA - e a volta à infância com direito a lagrimas, sonhos e sentimentos que são fáceis de mudar

Que bom que eu vivi até aqui para ir ao cinema e poder assistir a este filme... Viver todas as emoções que vivi quando era criança, quando vi a rosa, quando ouvi aquela canção... Quando eu vi uma personagem que, como eu, era apaixonada por livros e todo mundo achava estranha.
E que bom que eu vivi até aqui para mudar de ideia e comprar o ingresso porque eu não ia ver o filme no cinema, mas tinha alguém aqui em casa que estava louca para ir e toda vez que via a chamada na TV... apontava e ficava com os olhinhos brilhando.
E quem acabou ficando com os olhos brilhando fui eu, quem chorou fui eu. É um filme para se transportar a uma época em que magia e mundo real coincidiam e você não pensava em nada mais se não simplesmente se deixar levar por cada personagem e música.
O filme é cheio de prós. A começar pela iniciativa de dar a oportunidade de uma nova visão do clássico desenho que marcou a infância de inúmeras pessoas. Depois, pelo esforço em se manter fiel à animação com a narração, as falas dos personagens, as letras das canções, as cores, os figurinos... Obviamente, foram notáveis algumas diferenças - até mesmo pela tecnologia -, como o ar sombrio do castelo e os demais efeitos especiais. Mas canções muito bem interpretadas, principalmente a do Gaston, marcaram, sem dúvida alguma, o filme. Porque os computadores são programados para seguir cada comando perfeitamente nas animações... mas pessoas vencem desafio a desafio para fazerem cada cena e coreografia.
Um dos pontos altos do filme foi ver que atores negros foram bastante cotados para o elenco e para papéis em que apareciam bem. Um contra foi ouvir a dublagem horrível, que, inclusive, não combinou em nada com alguns dos atores.
A produção não economizou na dramatização, mesmo que houvesse personagens computadorizados... o elenco se esforçou ao máximo para se entrosar e deixar no expectador a impressão de que tudo aquilo era bem real. Roteiro bem definido e dirigido. O conjunto da obra não deixou a desejar...
... Porém, ainda que os atores tenham se esforçado bastante nem todos convenceram em seus personagens. Dan Stevens, a fera, está de parabéns pela atuação. Ainda que a gente só tenha visto seu rosto real por um breve momento. Luke Evans provou que Drácula também pode ser um caçador egocêntrico que sofre de um narcisismo muito sério. Alguns atores, só descobrimos basicamente no final, mas quero deixar aqui o meu recado sobre a queridinha Emma Watson.
O esforço da atriz para passar a sensibilidade da Bela foi notável e tocante em alguns momentos. Até que me surpreendi por ter gostado da atuação dela em algumas situações, pois fiquei com os dois pés atrás quando anunciaram que ela seria a Bela. Mas não convenceu num todo. Não acho que o personagem combinou e não acho que ela consiga passar ainda toda essa sensibilidade necessária para um papel do tipo. Em alguns momentos, ficou bastante claro os motivos pelos quais ela foi escolhida para o papel: estão aproveitando bastante atores que passaram muito tempo fazendo uma mesma franquia para outros papéis, para mostrar ao público que eles também podem fazer outra coisa e estão aproveitando muitos atores jovens.
Mas fica aqui o meu apelo, que tenho feito em muitos filmes, a Hollywood: precisamos de rostos novos. Não de atores mais novos, jovens. Precisamos explorar atores que não sejam ingleses, americanos ou que tenham sido britanizados ou americanizados. Precisamos explorar a diversidade, investir em atores que até agora só ficaram no coadjuvante ou na figuração. Hollywood precisa voltar a ousar.
Sim, eu gostei do filme. Não só gostei... como acho que é o filme do ano até agora. Mas não quer dizer que eu preciso achar que tudo foi absolutamente perfeito. Emma Watson tem tudo para crescer como atriz, se ela quiser. Assim como também acredito que um elenco totalmente novo poderia ter feito um grande filme, tão maravilhoso quanto.
Mas fica aqui minha recomendação.
Vejam. Chorem. Revivam a infância.
É emocionante. É lindo.
Vale a pena.

Até a próxima.

sábado, 4 de março de 2017

LUCIFER: nem tudo é culpa do Diabo, mas se for... Com essa série, você está perdoado

O diabo resolveu tirar umas férias e coincidentemente escolheu a Cidade dos Anjos para o seu feriado mais prolongado. E já chegou fazendo amizade na badalada Los Angeles com uma casa noturna, onde também fica sua residência, além de fazer apresentações de tirar o fôlego.
Mas a melhor parte disso tudo é descobrir que não apenas irresistível, a série, de maneira cômica e com aquele toque de sarcasmo - também drama e investigação policial - faz você repensar seus conceitos sobre céu, inferno, pecado e a influência do Diabo. Será mesmo que a culpa é dele? Lembrando sempre que você tem escolha. As sugestões pairam por aí, mas o livre arbítrio continua lhe sendo uma dádiva.
Os personagens secundários vão te conquistar tanto quanto o nosso queridinho principal, o que torna a série completa. A admissão do lado cafajeste de Lúcifer, suas ironias e a sinceridade... o fazem cruzar o caminho da policial Chloe - o que desperta o lado ciumento da demônio Maze, fiel escudeira de Lúcifer. O anjo Amenadiel vive tentando convencer o Príncipe das Trevas a voltar ao local onde pertence e reestabelecer a ordem natural, mas os dois vivem se estranhando enquanto Lúcifer se recusa.
A trama é para se apaixonar por cada detalhe da produção, que mistura o velho universo CSI das investigações e coloca o velho e bom Richard Castle como o Príncipe do Inferno. Uma versão melhorada, britânica e muito quente do escritor que conquistou também nossos corações na série "Castle".
Os produtores capricharam na trilha sonora com muita Black Music desde de suas origens, as músicas de berço: soul, jazz, blues... até as mais contemporâneas Hip Hop, Rap. Os cenários da apaixonante LA e os figurinos luxuosos  de ternos, além de muitas cenas desconsertantes dos 7 pecados capitais que só a Cidade dos Anjos como casa de veraneio de um velho conhecido da humanidade poderia ter.
É para pecar e não se arrepender.

Até a próxima.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A CURA: porque até para fazer o óbvio tem que ter potencial

Perfeitamente compreensível o quanto é complicado nos dias atuais uma inovação. Tem gente que usa o antigo pra fazer o novo e tem gente que só usa o antigo. Da forma correta, fica muito bom. Da forma errada, um belo desastre. É o que aconteceu com "A cura". O roteiro mal desenvolvido e sequências cenográficas um tanto confusas fizeram um filme óbvio, sem mistério, muito nojento e que você se perguntava constantemente quando ele ia acabar.
Sim, você descobre os mistérios do filmes nuns... 40 minutos. Depois você só quer ver subirem os créditos. Vi muitas pessoas abandonando a sala de cinema e erros grosseiros de sequência. O filme tem lacunas sérias por ser mal aproveitado e vai dar um sério nó na sua cabeça. No meio de muitos gritos e torturas bizarras, tentaram imitar o trash comédia de Tarantino, mas não deu. O ator principal se submeteu a um laboratório sério para compor o personagem. Digo que o elenco realmente se entregou, mas nem isso e a trilha sonora precária conseguiram fazer com que o filme saísse do "pelo amor de Deus, já está chegando no fim?".
Com um cenário maravilhoso, nem eu iria querer sair daquele lugar, ok. Mas encheriam tanto o meu saco que eu iria acabar me atirando do alto de algumas das torres do castelo.
A trama gira em torno de um jovem empreendedor que deve viajar a trabalho até a Suíça. Lá, ele visita um retiro/sanatório muito conhecido de uma pequena cidade, mas as coisas começam a desandar. Isso te soa familiar? Pois é, o enredo não é tão diferente de alguns (muitos) filmes que a gente já viu por aí. Porém, que seja repetido, mas que fosse ao menos melhor desenvolvido. O elenco tinha um potencial incrível para alavancar um grande terror/suspense/thriller. Mas não foi dessa vez.
Ao invés de susto, enjoos. Ao invés de pular na cadeira, vontade de pular fora do cinema. Desilusão.

Até a próxima.

ÁGUAS RASAS: Serena Von der Woodsen foi flagrada curtindo férias numa praia paradisíaca sem se dar muito bem com o idioma local. Parece que nossa S não é tão safa assim, não é mesmo? Vocês sabem que me amam XOXO Gossip Girl

Blake Lively pegou um voo de primeira classe nos braços do Lanterna Verde, do Uper East Side, e pegou uma carona com um guia local de uma praia paradisíaca indicada por sua falecida mãe para entrar em sintonia com ela e pegar altas ondas.
A personagem de Blake sai do Texas, deixando sua irmã mais nova e seu pai, com a promessa de achar esta praia de que sua mãe tanto falava. O que ela não sabia, aliás... ninguém imaginaria num lugar daqueles era que um predador gigantesco e com a mordida fatal estava a sua espera para destruir a viagem. Ela não tiraria simples selfies na praia, curtindo um dia de sol. Sequer conseguiria alcançar a faixa de areia para se salvar.
"Águas rasas" vai te fisgar do início ao fim mostrando uma luta eletrizante pela sobrevivência no mar cercada por um tubarão faminto. Contando com um relógio e a sorte. Para os apaixonados pelos clássicos filmes estrelados pelos tubarões, não ficarão decepcionados com este. É emoção do início ao fim com aquelas cenas de tirar o fôlego que só um tubarão é capaz de proporcionar.
A produção do filme foi impecável com a força da natureza e as desventuras que sucedem a total desgraça em que a personagem já se encontra. Seu coração vai bater mais forte e você vai pensar duas vezes antes de se inscrever naquela aula de surfe depois de assistir a "Águas rasas".

Até a próxima.

THE VAMPIRE DIARIES: a cagada que deu certo

O primeiro filme de vampiro que eu assisti na vida foi "Um drink no Inferno" com minha mãe". Nós duas sempre fomos apaixonadas por cinema e ela sempre soube da minha paixão por vampiros. Também gostava de lobisomens e outros serem da fantasia, mas os vampiros sempre foram os donos do meu coração. Apesar de não engolir muitas coisas com as muitas adaptações feitas ao longo dos anos, "The Vampire Diaries" conquistou meu coração com a história dos irmãos Salvatore e seu amor proibido pela humana, e também protagonista da história, Elena Gilbert.
A história da trama gira em torno dos mistérios do submundo e do mundo dos humanos que se cruzam na nem tão pacata Mystic Falls. Com a volta dos irmãos Salvatore, uma série de eventos macabros começa a acontecer na cidade e isso passa a despertar antigas histórias e novos personagens que podem trazer novas emoções, como o professor de História, Alaric Saltzman.
As primeiras temporadas da série foram muito bem produzidas e com um entrosamento de elenco perfeito. Os atores deram o sangue - quase literalmente - para que seus personagens se tornassem memoráveis e mesmo que muitas vezes quiséssemos matá-los, sabíamos que a série não seria a mesma sem eles. Como era o caso de Klaus e Damon.
Particularmente não achei viáveis algumas mudanças que foram feitas na série. Vilões virando mocinhos, mortes de personagens cativos, idas e vindas desnecessárias do mundo dos mortos. A série acabou e perdendo no meio do caminho com tanta mitologia e tanta encheção de linguiça para achar um que levasse à conclusão. Foram aparecendo inúmeros personagens, que muitas vezes estavam lá só para morrer no mesmo episódio ou no próximo ou alguns episódios depois, personagens que você não sabia o que estavam fazendo lá... É necessário que você não entregue o jogo e crie emoção e expectativa em quem assiste. Principalmente, em quem não leu os livros. Até mesmo porque, arrisco dizer que, como "Gossip Girl", acabou sendo mais interessante do que a leitura. Inclusive 'GG' teve mais temporadas que os próprios livros. Mas até que ponto criar a expectativa? Quando passa do ponto se torna algo desgastante. Cansativo. Vi muitas pessoas desistirem da série por um tempo e voltarem depois para se atualizar quando souberam que ela estava para acabar.
Nem tudo foi cagado, claro. Alguns personagens evoluíram muito durante as temporadas, como a Caroline. Mas alguns continuaram dramáticos demais, como a própria Elena e alguns episódios pareciam presos a uma mesma coisa. Sem nenhuma ponta de novidade.
A questão é que nossa série querida está em sua última temporada e vai deixar saudades depois de oito anos de erros e acertos. Vocês estão preparados para dizer adeus?

Até a próxima.