segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A CURA: porque até para fazer o óbvio tem que ter potencial

Perfeitamente compreensível o quanto é complicado nos dias atuais uma inovação. Tem gente que usa o antigo pra fazer o novo e tem gente que só usa o antigo. Da forma correta, fica muito bom. Da forma errada, um belo desastre. É o que aconteceu com "A cura". O roteiro mal desenvolvido e sequências cenográficas um tanto confusas fizeram um filme óbvio, sem mistério, muito nojento e que você se perguntava constantemente quando ele ia acabar.
Sim, você descobre os mistérios do filmes nuns... 40 minutos. Depois você só quer ver subirem os créditos. Vi muitas pessoas abandonando a sala de cinema e erros grosseiros de sequência. O filme tem lacunas sérias por ser mal aproveitado e vai dar um sério nó na sua cabeça. No meio de muitos gritos e torturas bizarras, tentaram imitar o trash comédia de Tarantino, mas não deu. O ator principal se submeteu a um laboratório sério para compor o personagem. Digo que o elenco realmente se entregou, mas nem isso e a trilha sonora precária conseguiram fazer com que o filme saísse do "pelo amor de Deus, já está chegando no fim?".
Com um cenário maravilhoso, nem eu iria querer sair daquele lugar, ok. Mas encheriam tanto o meu saco que eu iria acabar me atirando do alto de algumas das torres do castelo.
A trama gira em torno de um jovem empreendedor que deve viajar a trabalho até a Suíça. Lá, ele visita um retiro/sanatório muito conhecido de uma pequena cidade, mas as coisas começam a desandar. Isso te soa familiar? Pois é, o enredo não é tão diferente de alguns (muitos) filmes que a gente já viu por aí. Porém, que seja repetido, mas que fosse ao menos melhor desenvolvido. O elenco tinha um potencial incrível para alavancar um grande terror/suspense/thriller. Mas não foi dessa vez.
Ao invés de susto, enjoos. Ao invés de pular na cadeira, vontade de pular fora do cinema. Desilusão.

Até a próxima.

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